18º

Faço deste o meu décimo oitavo post deste ano.
De certo, muitos contavam que eu já não voltasse. Na verdade, nem eu sei se isto é um regresso ou se quero(consigo) verdadeiramente voltar a um estado mais activo aqui.
Tenho-me questionado, quando me dá vontade de vir cá escrever, se este é ainda o blog que pretendo continuar. Venho aqui e sinto o peso da coisa. Parece ter um ambiente carregado, apesar de também conseguir aqui notar o carinho que cunho nas coisas que mais gosto e no tratamento que dou aos que amo. Indago-me se isto continua a fazer algum sentido.
Talvez esteja demasiado confusa com as últimas reviravoltas, mas pela primeira vez em muito tempo, posso dizer que estou de bem com a vida. Não tenho tudo, nem tudo à minha maneira,mas tenho muito daquilo que tantas vezes sonhei e pedi em segredo em cada aniversário,passagem de ano, e estrela cadente que raramente avistei.

(E enquanto escrevo, sinto o nó na garganta. Tento o auto-controlo, mas não tenho sucesso. Ela já começou o seu percurso vagaroso pelo meu rosto.)

Assim sendo, não sei se estou à altura deste baú de recordações mais cinzentas.

Não sei se estou de volta...

mas apetece-me música.