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Hoje já não é dia 5, mas é como se fosse. Não lhe vou tirar o significado.
Senti-me mal por já não pensar em ti com a intensidade e frequência que julgo merecidas. Interroguei-me porquê. Será que já convivo melhor com a tua ausência? Será que me esqueci de ti? Parvoíce, digo para mim própria, e tento convencer-me....
Já não me lembro de ti em todos os gestos ou quando me acordavas pela manhã, perguntando-me o que queria no pão para o pequeno-almoço. Quando penso na tua voz não consigo lembrar-me do timbre. Tenho medo de te estar a perder aos poucos.
Só passaram 3 anos e sinto-te tão longe. Interrogo-me, se um dia tiver filhos, lhes vou conseguir falar do avô com a fidelidade merecida. Sim, e já dói o suficiente saber que não lhes vais poder pegar ao colo, consolar o choro, ou estragar com carinhos.
Agora que penso, e sinto o nó na garganta, não estás assim tão longe.
É só chamar por ti, PAI.
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