Gosto do meu mundo paralelo, sem jogos de futebol na televisão, dos quais toda a gente parece saber ou falar. No entanto, quando chego a casa depois do trabalho, estou só eu. Falo ao telefone com a minha mãe, ponho-me à vontade e começo a petiscar/fazer o jantar (muitas vezes, limito-me a "limpar" o frigorífico). Às vezes falo pelo messenger com alguns amigos, todos bem longe (pelo menos fisicamente) de mim.
És uma pessoa solitária, dirão. Sim, sou, e é por isso que me agarro tanto a ti. Tanto que pareço sufocar-te e desiludir-me com as expectativas que crio. Peço muito de ti, porque vejo tudo em ti, e em nós. É por isso, que quando sou apanhada de surpresa por uma resposta mais distanciada tua, gelo. Gelo pelo medo do sofrimento da queda de semelhante ponto. O ponto mais alto. Aquele em que te dou a chave de casa, ou mais importante, a entrada para o meu coração.
Sinto-me rendida. E às vezes sinto o precipício tão perto. Como quando me escondes a senha da caixa de e-mail, porque estás magoado com o passado.
O passado,o meu, registado aqui, e que me pedes que esconda do alcance de um clic. Julgo fazer sentido continuar aqui, afinal é a minha história. Bela ou não, obsessiva, sentimental, frágil ou simplesmente uma parvoíce pegada. Assim sou eu, tudo o que já fui, e o projecto do que quero vir a ser.
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2 comentários:
Limpar o frigorifico! lol...
Espero que por ca fiques muito tempo a escrever as coisas bonitas que escreves e eu tanto gosto de ler.
beijo teu
cat
Todos, à nossa maneira, somos seres solitários... nunca deixamos de o ser, por mais que amemos, por muito que nos amem, mesmo que estejamos rodeados de gente.
Há lá coisa melhor que, depois de um dia inteiro a "gerir" os caprichos dos outros, refugiarmo-nos num mundo nosso, em que só entra quem nós queremos. :)
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