Será que faço sentido?

Aproxima-se o dia dos namorados. Ainda não me tinha lembrado, até esta tarde ter lido o post do I&U.
Recordei-me de uma conversa que tive há pouco tempo com uma amiga:

****: Ela está a perguntar-me se tenho namorado. Enfim… Não tenho, mas sou feliz assim.
Eu: Não sabia que eras feliz assim…Pensei que serias, digamos, mais feliz, se tivesses.
****: Eu sou feliz, não sabias? Ter namorado é só um bónus, não a felicidade em si.
Eu: Ainda bem.
****: Eu: Ainda bem.
****: Não posso depositar a noção de felicidade numa coisa que posso não vir a ter. Como poderia ser feliz assim?
Eu: Sim, acho que sim. Mas não gostavas de poder partilhar tudo com alguém? Ser mais com alguém? Eu gostava, e desejo que isso aconteça. Se não puder ter isto, prefiro ficar sozinha.
****: É como te disse, é um bónus. Lá por querer isso, ou achar que isso faz parte da felicidade, não quer dizer que não posso ser feliz como estou. Não vou andar por aí infeliz só porque não tenho namorado, se posso ser feliz sem isso…
Eu: Oh, claro que não. Mas no meu sentir, haverá sempre uma parte de mim que faltará completar.
****: Sim, Pips, mas precisas de ser completa para ser feliz.
Eu: Talvez eu nunca consiga isso.
****: Digamos que eu não sou inconformada ou insatisfeita…Eu contento-me com o pouco que tenho
Eu: A minha natureza impede-me de ser assim. Feliz ou infelizmente, não sei…
****: Se achas que não consegues mudar…
Eu: Não é que eu não tente, mas há coisas que não se conseguem mudar
****: Pronto, tu é k sabes.
Eu: Isso é o que eu acho agora, não quer dizer que não venha a mudar de opinião. Pode ser que me consigam fazer ver o contrário.
****: Quem sabe

Mais um voltinha pelos vossos blogs e leio isto.
Bem, será que vocês hoje andam a perseguir-me? Primeiro a questão dos namorados e agora o sexo sem amor. Ok, isto pode não perturbar a maioria das pessoas, mas mexe comigo. Ter namorado , ou qualquer coisa do género, só por ter; beijar ou algo mais por simples atracção, não me entra na cabeça. Sim, respeito a opinião de quem não acha nada disto, mas também gostava que aceitassem melhor a minha, sem que me olhassem com aquele ar de…de onde saiu esta? De algum romance do século passado?

Escrevi-lhe isto há uns meses:

Muitas vezes paro para pensar no que me fez gostar de ti e não de outro qualquer. É difícil alguém chamar-me a atenção e, ainda mais, despertar-me do meu casulo emocional.
Entraste em mim de repente.
Ver em ti mais do que o que posso imaginar em mim faz-me querer-te por perto. Gosto que sejas tão diferente e tão parecido. Os teus defeitos passam-me ao lado. Sei que os tens, conheço alguns, mas infelizmente não me fazem moça.

É pelo que me fizeste escrever que não me arrependerei do que aconteceu entre nós. São os sentimentos que me provocaste que fazem com que tudo tenha sentido. Sem eles não haveria beijo que me preenchesse nem toque que me arrepiasse. Claro que houve atracção. Mas isso, por si só, nunca será suficiente.

Se assim não for… será que faço sentido?